MÉTODOS
RECOMENDADOS
Seguem abaixo recomendações para afugentar e/ou
desalojar morcegos em diferentes tipos de situações, as quais deverão sempre
ser acompanhadas por técnico habilitado e capacitado.
Morcegos frugívoros
Para
evitar a visita indesejada de morcegos frugívoros existe a necessidade de se
fazer um manejo na vegetação existente nas proximidades da casa, além do
correto planejamento da Arborização Urbana. Sugerimos os seguintes
procedimentos:
-
Poda
de galhos;
- Remoção
de flores e frutos;
- Substituição
por outras espécies que não frutíferas palatáveis aos morcegos.
Morcegos insetívoros
No
Rio Grande do Sul estes problemas são acentuados na primavera e verão, período
de reprodução e criação dos filhotes, quando então as colônias instaladas
aumentam significativamente em número de indivíduos. Assim sendo, o período
recomendado para manejo de morcegos em telhados é o período de outono e
inverno, época na qual, teoricamente, não há presença de filhotes.
Nestes
casos a solução é o afugentamento pelo método de instalação do sistema
escape-morcego e posterior fechamento dos espaços de entrada e saída dos
animais.
O
“Sistema escape-morcego” foi
desenvolvido por Griffin, em 1940, sendo
utilizado como armadilha para capturar morcegos instalados em diferentes
refúgios observados nas construções humanas. São elaborados em estruturas
simples, compostas por lonas plásticas e cilíndricos de metal e/ou plástico com
receptáculos em sua porção final. Entretanto, para o desalojamento
sem necessidade de captura dos animais, não fixamos sacos ou caixas receptoras
em sua porção final, deixando que os morcegos saiam livremente.
Armadilhas para desinstalar morcegos das casas (Fonte: GREENHALL &
PARADISO, 1968).
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É
um dos métodos mais simples de exclusão, na qual a ideia básica de permitir a
saída dos animais, porém impedindo seu retorno para dentro do abrigo. A
estrutura pode ser confeccionada com canos de PVC e lonas plásticas que são
baratas e de fácil manuseio. Devem apresentar espaçamento
suficientemente razoável para permitir que o morcego passe pelo seu interior
sem ficar preso. Este mesmo sistema pode ser adaptado para inúmeras situações,
observando-se sempre de que não haja filhotes no interior do abrigo.
Devido
à diversidade de construções (telhados) e formatos das telhas, estes são os
refúgios apresentam-se como os mais complexos em termos de resolutividade, ou
seja, que exigem maior tempo de serviço, paciência e persistência. Além disto,
conforme a disponibilidade de espaço, altura e temperatura (calor) os telhados
podem ser ocupados por mais de uma espécie de morcego e/ou ainda, por mais de
um grupo de morcegos.
Noutras
circunstâncias, onde o telhado possui bastante espaço e as temperaturas são
altas, algumas espécies de morcegos podem formar colônias de grandes
proporções, que podem variar de centenas a milhares de animais, como é o caso
de Tadarida brasiliensis
(morceguinho-das-casas). Os abrigos mais comumente usados sãos forros,
telhados, porões, vãos entre o ar-condicionado, persianas de janelas, entre
outros, onde se refugiam juntos e/ou próximos às telhas e madeiras de
sustentação do telhado, preferencialmente na cumeeira.
Morcegos refugiados entre o espaçamento de telhas e madeiras.
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O
maior incômodo gerado pela presença dos morcegos é o odor das fezes que, por
vezes, caem de forros mal instalados. A solução imediata para este caso é o uso
de pasta de silicone ou espuma expansível nos espaçamentos existentes entre as
paredes e o forro do telhado.
Espuma expansível utilizada em fresta no forro a
vista.
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CONSTRUINDO
O SISTEMA ESCAPE-MORCEGO
A
ideia básica é simples: permitir que o morcego escape do abrigo, porém não
consiga retornar pelo mesmo lugar!
Antes
de instalar este sistema verifique SEMPRE todas as entradas e saídas dos
morcegos. Vede todos os espaços existentes entre telhas e madeiras,
deixando apenas os espaços de saída dos animais o Sistema escape-morcego.
Espaço utilizado pelos morcegos para saída dos telhados.
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Esta
vedação deve ser realizada com materiais permanentes, tais como filetes de
chapas galvanizadas ou de alumínio, entre outros.
Esta
estrutura deverá permanecer no local pelo menos cinco dias consecutivos,
garantindo que nenhum morcego permaneça dentro do abrigo. Estas ações deverão
ser realizadas em dias de temperaturas acima de 20°C e sem chuvas, caso
contrário os morcegos não deixam o abrigo para buscar alimento.
O
sistema escape-morcego pode ser construído com materiais simples, com cano de
PVC (100 mm), lona plástica, mangueira rígida e fita adesiva larga.
AFUGENTAMENTO
DE COLÔNIAS INSTALADAS EM TELHADOS
Descreveremos
a seguir os principais passos para desalojar os morcegos nesta situação.
O
primeiro passo é observar ao final do dia (crepúsculo) quais são as entradas e
saídas dos animais junto ao telhado. Caso seja possível, é importante realizar
uma estimativa do número de animais, contando o número de indivíduos até
escurecer completamente. Diante destas informações duas situações e soluções podem
ser encontradas:
Caso
1
– colônias com menos de 50 indivíduos,
por ponto de refúgio;
Caso
2
– colônias com mais 50 indivíduos,
telhado alto que permite a observação da colônia.
Solução
- Caso 1
Quando
o número de animais no telhado é pequeno a simples instalação do “sistema
escape-morcego” pode resolver o problema. Para isto basta seguir os seguintes
passos:
ü 1. Vistoriar
o telhado e, caso existam telhas quebradas ou desalojadas, estas devem ser
substituídas ou realinhadas;
ü 2. Observar
a existência de espaçamentos entre chaminés e junções de telhas, os mesmos
deverão ser bem vedados, pois estes espaços também podem servir como portas de
entrada;
ü 3. Readequar
e vedar todos os espaços entre telhas e madeiras (“espelho da madeira”), exceto
50 cm junto aos locais de saída dos animais. Isto deve ser feito com materiais
permanentes como, por exemplo, plaquetas/filetes de chapas galvanizadas de modo
a não deixar espaços entre telhas e madeiras;
ü 4. Instalar
o “sistema escape-morcego” nos pontos de entrada e saída dos morcegos. Esta
estrutura deve permanecer durante o período de 5 dias consecutivos para permitir
a saída de todos os indivíduos do abrigo. Esta ação deverá ser realizada em dias
não chuvosos e com temperaturas acima de 12°C. Outro detalhe a ser observado é
a fase lunar, pois os morcegos exibem uma forte tendência a não deixar o abrigo
em dias de lua crescente e/ou cheia.
Após
este período de 5 dias, deve-se remover o “sistema escape-morcego” e vedar definitivamente
as últimas aberturas.
Solução
- Caso 2
Quando
o número de animais é superior a 50 animais, talvez seja necessário fazer uma
readequação entre o telhado e as madeiras.
Esta
reestruturação pode ser feita mediante a substituição do tipo de telha e/ou
ainda a instalação de placas metálicas abaixo destas. Este processo é trabalhoso e de maior custo,
entretanto é a solução definitiva para impedir a instalação de grandes colônias
em telhados.
Observação: No Rio Grande do Sul esta operação tem
período certo, ou seja, no outono e inverno, pois nesta época não há presença
de filhotes nos abrigos (telhados).
ATENÇÃO!!
A limpeza dos restos fecais deverá ser
realizada mediante o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) (luvas
de borracha, botas, máscaras). Antes de remover as sujidades é importante
aspergir uma mistura de água e hipoclorito de sódio (água sanitária)(1:1) sobre
todos restos orgânicos, para evitar a formação de poeira e inalação de fungos (Histoplasma
capsulatum, p. ex.).